O diretor inglês Paul W. S. Anderson é conhecido por seus filmes violentos, meio gore meio ficção, com visual de games eletrônicos e tramas sem muita profundidade, focadas principalmente na ação. A partir desse perfil, não dava para esperar que mudasse essa pegada em Os Três Mosqueteiros e até para o que o filme se propõe eu diria que Anderson consegue atingir sua meta. Não que essa re-imaginação da historia clássica de Alexandre Dumas seja ótima, mas também não é péssima. Um meio-termo que consegue fazer o expectador chegar ao seu epílogo sem muitos contratempos.
Até que a historia se mantêm bem fiel ao primeiro encontro do jovem D´Artagnan (Logan Lerman) com os três mosqueteiros formados por Athos (Matthew MacFadyen), Portos (Ray Stevenson), Aramis (Luke Evans) e apresenta os principais personagens que tornaram notável o texto de Dumas, mas longe da dramaticidade de outras adaptações, essa versão de Anderson tem um ritmo de aventura mesclado a alguns momentos “engraçadinhos” (seja tirando sarro da moda vigente ou do estilo de vida dos próprios mosqueteiros), ainda com tiradas para arrancar algumas risadas da platéia, principalmente às protagonizadas pelo servo gordinho Planchet (James Corden) que inevitavelmente acaba roubando as poucas cenas em que aparece.
A obra tem um ritmo bem acelerado, aonde tudo vai acontecendo rapidamente, como se o diretor quisesse que o expectador não se distraísse com mais nada e nesse ponto até que o filme flui, apresentando alguns planos-sequência em câmera lenta interessantes, dignos do cinema estilizado que Anderson procura sempre fazer. A realização é daquelas despretensiosas e que não se leva muito a serio, talvez isso seja um ponto positivo para Os Três Mosqueteiros, ficando um gostinho de sessão da tarde. Das atuações, certamente a mais destacada é a de Christopher Waltz no papel do Cardeal Richelieu e principalmente a de Milla Jovovich totalmente à vontade no papel de uma espiã dupla boa no quebra-quebra, o que não é nenhuma novidade para a atriz, cada vez mais acostumada a filmes de ação.
Um dos principais pontos negativos é o visual excessivamente de vídeo-game que esse possui, a inserção de um tabuleiro amostrando a evolução dos personagens no filme talvez tenha a intenção de confirmar esse estilo para a obra, mas não dá para dizer que estimula. As cenas de batalhas aéreas também não atingem a emoção almejada por Anderson ao incluir dirigíveis acoplados a navios, no trailer elas parecem ser muito mais interessantes e o 3D que achei que faria diferença nesse, pouco acrescenta. O final em ritmo mais acelerado que ao longo do filme, fica impressão de mais uma readaptação desnecessária, mas mesmo assim deve render uma continuação.
10 comentários:
É um Clássico. Seja qual for a versão que dele o fizer vale a peno vê-lo. A pouco vi o filme de Roberto Rossellini - Luiz IV. Há uma passagem no filme que se faz uma referência a D'Artagnan. Valeu pela postagem. Um abraço...
O filme acabou e eu ainda estava no começo. Os Três Mosqueteiros tem um ritmo tão rápido em suas lutas de espada bem coreografadas e conflitos superficiais que eu não consegui ver um ponto que pudesse ser o clímax. Não gostei do filme mas, como você falou, não chega a ser péssimo. É uma pena que ele fique mais distante do ótimo. E abraços!
Maxwell, não vi o filme q falou, mas se é Rosselini deve valer muito a pena, essa versão é mais aventurão, sem muita profundidade mesmo;
Gabriel, fica mais distante do otimo mesmo, não citei no texto, mas tb achei q o filme não tem um climax, o final é meio estranho, como se tivesse varias cenas cortadas, é muito meia-boca mesmo, vlw pela visita!
Abs!
Pois é, desnecessária. E Milla Jovovich voando e dando uma de ninja, forçou muito o vídeo-game mesmo.
Este é dos tais que nem me interessa saber a sala onde está a ser exibido.
Não gostei do trailer ao sentir esse "vídeo-game". To fora, pelo menos, por enquanto.
Vou assisti-lo somente para ver Waltz como vilão.
O Falcão Maltês
Eu nunca fui muito fã da história deles, e também nunca vi nenhuma das versões.
Até gosto dos filmes Paul W. S Anderson. Mesmo com muitas falhas, acabam sendo divertidos.
Agora este filme deixarei para assistir em dvd.
Abraço
Amanda, fazer o q? hehehe...até q curti as cenas da Jovovich, acho q estão entre os melhores momentos, mas o filme é desnecessario mesmo;
Rato, acho q vou começar a seguir essa linha tb...hahaha;
Renato, sinceramente, não vai perder nada;
Antonio, é um dos pontos bons do filme, apesar de Waltz parecer sempre estar interpretando Hans LAnda, mas o personagem o marcou, fazer o q?;
Cleber, tem umas versões antigas q valem a pena;
Hugo, curto muito a serie Resident Evil, em dvd talvez pareca pior ainda...hahaha...
Abs a Tds!
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