É até compreensível que Uma Noite Mais que Louca tenha penado para ser lançado no circuito comercial americano (no Brasil necas), filmado em 2007 rodou nas mãos de vários estúdios majoritários e finalmente nesse 2011 estacionou e teve seu lançamento pela Rogue. Nos dias politicamente corretos de hoje, somente uma empresa mais descompromissada para encarar uma obra que mostra boa parte de seus personagens consumindo cocaína (até então uma droga em alta) explicitamente ou praticando sexo voyeurista. Na verdade, isso são apenas detalhes que compõem essa divertida comédia ambientada nos anos 80 e produzida e estrelada por Topher Grace.
Talvez Uma Noite Mais que Louca seja a realização que melhor tenha captado o espírito da década de 80, mesmo com seus personagens estereotipados, consegue transmitir o sentimento de medo e relegação que pairava na juventude daqueles anos que não queriam viver como seus pais. Apesar de a trama ser desenvolvida como uma típica comedia oitentista, o novato diretor Michael Dowse consegue inserir temas relevantes, principalmente o do personagem de Topher Grace, recém-formado na renomada MIT, mas que trabalha em uma Vídeo Locadora porque tem medo de enfrentar a vida ou a sua irmã vivida por uma morena Anna Faris, que precisa decidir entre se casar com o namorado do colegial ou enfrentar uma pós-graduação na Inglaterra.
Toda a trama é passada durante uma noitada, por isso o péssimo titulo nacional, o que também era recorrente em filmes dos anos 80 e nessa jornada de auto-descoberta do personagem central, acompanhamos um enlace amoroso do rapaz com uma antiga paixão representada pela bela Teresa Palmer, o que rende bons momentos íntimos, deles passeando entre as imponentes casas de Beverly Hills e culminando em uma seqüência arrancada de filmes como A Garota de Rosa Shocking ou Alguém Muito Especial. O filme ainda carrega o clima catártico das festas americanas representadas nessas produções, aonde todos parecem estar vivendo o último dia de suas vidas.
A trilha sonora recheada de sucessos da época é um atrativo a parte, com canções deliciosas do Duran Duran, Motley Crue, The Buggles entre outros menos conhecidos e que deve funcionar muito bem no CD. No mais, Uma Noite Mais que Louca é uma bonita homenagem a uma época aonde todos queriam ser “os moderninhos”, mas mesmo assim pairava ainda certa ingenuidade no ar. Diria que é uma prazerosa sensação de Déjà-vu.
10 comentários:
nossa, demorou tudo isso pra ser lançado?
fiquei curioso!
Tradução de títulos para o Brasil, costumam pisar na bola. Imagina O Poderoso Chefão.....maior exemplo.
Eu, como fã, da geração passada vou dar uma olhada no filme.
Gostei da dica.
Não comungo muito deste gênero, Celo. Gostei mesmo foi a da Vingança de Manon. Esse, sim, o verei. Um abraço...
Alan, realmente demorou bastante tempo, mas parece q era uma obra meio maldita, sinceramente, não vejo motivo;
Renato, o filme é divertido, ate q a tradução do titulo PODEROSO CHEFÃO não foge muita da tematica do filme, já teve piores..hehe;
Maxwell, não é um filme obrigatorio, vale pela diversão e pelas referencias q pipocam td hora, quem viveu a epoca talvez se divirta mais;
Abs a Tds!
Quando li sobre o filme na Preview também fiquei curioso. Acho que vou pegar pra ver.
Ailton, o texto da revista tb me motivou a assistir, tirei algumas informações tecnicas de lá..hehehe
Pois é. A revista é rasteira nas resenhas, mas pelo menos serve para anunciar alguns lançamentos. Principalmente esses lançados diretos em dvd.
Ailton, apesar de achar q faz publicidade de filmes ruins, como o recente RED HIDING HOOD q a revista enalteceu, mas como disse, serve para divulgar alguns filmes q as vezes passa batido.
Não é um grande filme, mas é um bom entretenimento. A forma pouco criativa que a trama é desenvolvida é quase imperdoável, mas a atmosfera dos anos 80 é realmente sedutora.
Grande abraço!
Eduardo, obrigado pela visita, não é um grande filme mesmo, mas diverte e o clima oitentista é a melhor coisa do filme. Abs!
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