Álex de La Iglesia é um diretor que inacreditavelmente não foi descoberto em Hollywood, talvez seu estilo ultra-violento, meio nonsense, me...

234 - Balada do Amor e do Ódio (Balada Triste de Trompeta/Álex de La Iglesia/2010)

Álex de La Iglesia é um diretor que inacreditavelmente não foi descoberto em Hollywood, talvez seu estilo ultra-violento, meio nonsense, meio surreal, meio bizarro, não tenha se encaixado em nenhuma produção americana de primeira linha, tendo feito fora da sua Espanha apenas o pouco visto The Oxford Murders, com o frodo Elijah Wood. Porém, em produções espanholas, como A Comunidade de 2000, o diretor mostrou que tem talento para contar historia com personagens desajustados, ressaltado em 800 Balas de 2002 e comprovado amplamente com esse Balada do Amor e do Ódio.

Escrito pelo próprio diretor, Balada do Amor e do Ódio, é um filme que retrata a disputa de dois palhaços pelo amor da bela trapezista Natalia (Carolina Bang) do circo aonde trabalham. Sergio (Antonio de la Torre) é o palhaço principal, o que faz as crianças rirem, mas quando esta fora do trabalho é violento, mal humorado, espanca qualquer um que se engraçar com ele ou com Natalia. Javier (Carlos Areces) é o palhaço triste, daqueles que passam boas e poucas no picadeiro, descendente de uma família de palhaços, que no inicio do filme remontam a guerra civil espanhola (em cenas impressionantes) para contar sua própria historia e dos familiares que eram revolucionários. Natalia se envolve com os dois, e um conflito acaba sendo inevitável.

A trama poderia sugerir um filme de romance/drama, mas Álex de La Iglesia subverte os gêneros, colocando muita violência e fetichismo no filme, o amor acaba ficando em segundo plano e tudo descamba para obsessões e perversões. Javier, que deveria ser o mocinho, em certo momento é tão vilão quanto Sergio e vice-versa. Os palhaços aparecem personificados como verdadeiros monstros, tornando tudo muito exagerado e criando um clima de desordem e terror, mas a intenção do diretor deve ter sido essa mesma. A obra também parece ter um tom reverencial ao mundo dos palhaços, mesmo que de uma maneira censurável ou amoral.  Balada de Amor e Ódio, mesmo que não agrade a todos, é um sopro de originalidade no meio de tantas repetições.

10 comentários:

Beto disse...

Adoro este diretor, mas ficou uma semana apenas em cartaz em SP, em horários absurdos. Acabei perdendo. Adorei o trailer, vou esperar o DVD agora.

ANTONIO NAHUD disse...

Não conheço esse filme de La Iglesia, mas o seu trabalho é sempre muito bom, super irreverente.

O Falcão Maltês

Unknown disse...

Antonio, irreverente ele é mesmo, e gostei dos seus trabalhos anteriores. Abs!

Elson disse...

Se alguém não assistiu o filme atenção (spoiler)
Adorei o final dos dois palhaços indo presos no carro e ambos chorando pelo amor perdido!

Unknown disse...

Elson, Sim! O final foi foda mesmo...rs..representa bem o sentimento do filme.

Maxwell Soares disse...

Olá, amigo. Parabéns pelo blogger. Excelente postagem. Um filme para se ter em casa. Um abraço.

Maxwell Soares disse...

Estarei seguindo seu blogger. Será um prazer tê-lo como seguidor. Ok.

Unknown disse...

Maxwell, obrigado pela visita! Vou lá visitar teu espaço tb. Grande Abraço!

May disse...

Esse filme é demais!!!

Unknown disse...

May, é um filmaço mesmo! Obrigado pela visita!