Difícil não comparar Super, filme escrito e dirigido por James Gunn (que também co – escreveu Madrugada dos Mortos e dirigiu Seres Rastejantes) com Kick Ass de Matthew Vaughn. A premissa de que nunca ninguém quis ser um super herói, e de repente um sujeito meio desmiolado tenta isso, até evidencia essa semelhança, mas quando assistido, Super vai além da aventura juvenil cool, apresentando um drama travestido de comedia e que em certo momento pode até emocionar.
Na verdade, essa trama não chega a ser novidade, em 2009 o diretor Peter Stebbings realizou Defendor com Woody Harrelson, um bom filme, que transita bem entre o drama e comedia, apresentando um personagem com atraso mental que resolve salvar o mundo. Em Super, o personagem principal é Frank D´Arbo (Rainn Wilson), cozinheiro de uma lanchonete que é casado com Sarah (Liv Tyler), viciada em drogas e bebidas. A história começa quando Sarah se vê envolvida com Jacques (Kevin Bacon), traficante de drogas com toda pinta de super vilão, chegando ao ponto de abandonar o marido e ir morar com o traficante. Frank, então, cria o super herói Crimson Bolt, apoiado na visão que teve de Deus ordenando que fizesse justiça, e na esperança de salvar a esposa. Claro que antes do confronto final com Jacques, muita coisa vai acontecer, até aparecer no seu caminho Libby (Ellen Page), uma atendente de uma loja de HQs, tão pertubada quanto Frank e que desconfia que o cozinheiro seja Crimson Bolt, que a essa altura preenche os noticiários dos jornais com suas proezas e consequentemente, após comprovar sua tese, Libby torna – se Boltie, a descontrolada menina prodígio.
Super é uma obra que poderia ter seu lado dramático mais explorado em detrimento a seqüências de ação ou momentos superficiais e engraçadinhos inseridos na historia, mas não deixa de ser uma interessante representação sobre a personalidade humana. O filme também é repleto de violência explicita, o que também mascara o tom melancólico da mesma. O ator Rainn Wilson, da serie The Office e do criticado O Roqueiro, faz um excelente trabalho, criando um personagem demente, mas ao mesmo tempo doce e cativante, que até então só teve duas felicidades na vida: quando se casou e quando ajudou um policial a prender um criminoso. Ellen Page também comprova seu talento, criando um personagem tão icônico quanto a Hit Girl de Kick Ass. O epílogo, com uma seqüência repleta de emoção, faz um filme com algumas imperfeições valer a pena de verdade.
5 comentários:
Eu quero ver mais por conta de Page - que adoro - e do Bacon! Mas, o filme em si não me atrai. Entende? Abraço, amigo!
Cris, claro q entendo, não faz muito seu genero, de repente surpreende. Abs
fiquei curioso para ver e comparar os dois, pois kick ass me surpreendeu.
Marcelo, tb gosto de Kick Ass, mas Super não fica tão abaixo. ABs
Esse filme é muito entranho. To até agora tentando entender se foi drama, comédia ou filme to Quentin Tarantino! Qta violência! Pra mim perdeu totalmente o foco quando a cara da Libby ficou completamente despedaçada...
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