Após a morte da mãe, BabyDoll ( Emily Browning ) é colocada em manicômio pelo ambicioso padastro, que arma uma situação em que ela é acusada...

61 - Sucker Punch, Mundo Surreal (Sucker Punch/Zack Snyder/2011)

Após a morte da mãe, BabyDoll (Emily Browning) é colocada em manicômio pelo ambicioso padastro, que arma uma situação em que ela é acusada de assassinar a irmã. Na instituição, já meio surtada, ela elabora um plano de fuga que passa pelo uso da sua imaginação, ou da imaginação dentro da imaginação. Por onde começar, já tinha lido alguns comentários em blogs confiáveis sobre a ruindade da investida autoral de Zack Snyder , mas fui teimoso e assisti assim mesmo, tipo naquela de ser o único a gostar...e dessa vez não deu, Sucker Punch realmente é um dos grandes sambas do crioulo doido dos últimos tempos. O título nacional (Mundo Surreal) meio que entrega, na verdade, justifica a mal costurada salada de referências pop que Snyder tece para contar a jornada de fuga da personagen central. Nessa realização, o Diretor usa e abusa dos mesmos recursos de outras obras suas (300 e Watchmen): a camêra lenta (nesse filme excessiva) e as canções pops como a Sweet Dreams do inicio, aliás, a melhor sequência do filme; uma outra menos famosa dos Beatles, mas a música principal mesmo é da Bjork, que parece que em qualquer minuto pode começar a tocar, chegando até a ser meio irritante, aliás em muitas cenas do filme parece que os atores vão começar a dançar, como em um musical, talvez se fosse um musical mesmo, o filme fosse melhor visto. Como nas outras obras já citadas, o CG também é quase que total, aqui usado para criar o tal mundo surreal aonde BabyDoll e as outras belas meninas realizam as missões que as permitirão a liberdade. Missões que parecem fases do game God of War, outras lembram bastante a 300 e uma em especial, já citada por muitos cinéfilos, remete ao inexpressivo Capitão Sky e O Mundo de Amanhã. Não sei se a intenção de Snyder era criar uma poesia visual, apoiada nas cenas, nas canções e na fotografia meio lavada (já comum nas suas obras) e em influências de Games, Animes e em filmes anteriores seus; mas o que ficou parecendo foi uma coletânea de clipes exóticos sem emoção e noção, como os da Banda Enigma, dos anos 90 (pensando bem, Sadness Part One cairia bem nesse filme...hehe), porque como obra cinematográfica fica muito a dever. Nota 03.

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Equipe de mercenários lideradas por Barney Ross ( Sylvester Stallone ) é contratada para libertar republiqueta de ditadura apoiada por ex - ...

60 - Os Mercenários (The Expendables/Sylvester Stallone/2010)

Equipe de mercenários lideradas por Barney Ross (Sylvester Stallone) é contratada para libertar republiqueta de ditadura apoiada por ex - agente da CIA (Eric Roberts) em algum país genérico da America Latina. Apesar de várias críticas positivas exaltando o filme como um revival do cinema de ação dos anos 80, fiquei um tanto decepcionado com esse Os Mercenários. A começar com o roteiro escrito por Stallone, quer dizer , o fiapo de roteiro, já que o longa nada mais é que um amarrado de cenas de ação, algumas com o uso de CG bem porco, mal feitos mesmo, principalmente o sangue e as cenas de morte com facas, bem artificial. Pensando bem, o projeto parece que começou com a intenção de ser sério, mas em algum momento Sly deve ter percebido a dificuldade que seria  de fazer um filme decente com tantos atores acostumados a  perfomances dramáticas ruins e que também não conseguiria aprofundar o perfil de tantos personagens ou que o carisma do elenco seria suficiente para segurar o filme. Como já estava tudo meio encaminhado com o elenco, ele mudou a idéia e fez um grande filme de ação B, usando isso como desculpa para o tratamento lixo que foi dado ao roteiro. Nem sei se dá para classificar as atuações, já que são todas bem caricatas, sem contar que ele encheu o filme com ex - lutadores do UFC, é forçar a barra demais. Até as sequências de ação e lutas achei bem fraquinhas e entediantes, se comparado a filmes recentes como a trilogia Bourne ou Salt, que tem cenas de tirar o folêgo. De bom, umas duas cenas de perseguição de carros, a cenas da Igreja com Sly, Willis e Schwarza; e a cena final com todos os atores bem descontraídos numa disputa de facas. Para quem eu achava que tinha potencial para ser um novo Clint Eastwood na direção, ficou o gosto amargo na boca, mas como Sly costuma se reinventar, talvez na próxima ele acerte. Nota 05.

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"Estou entediado, venha, vamos ficar doidões" Ullysses, canção do Álbum Tonight de 2009. Bom, na esperança de colocar o blog em...

59 - Franz Ferdinand - This Fire


"Estou entediado, venha, vamos ficar doidões" Ullysses, canção do Álbum Tonight de 2009.

Bom, na esperança de colocar o blog em dia, resolvi postar esse show eletrizante, que assisti hoje, de uma das melhores bandas da atualidade. Tenho na minha coleção de cds todos os álbuns do Franz Ferdinand, banda Escocesa formada em 2002, que conheci jogando Guitar Hero, faz um som que pode ser considerado uma mistura de Talking Heads com o indie rock dançante dos anos 2000. Se em estúdio eles são bons, na gravação ao vivo eles são melhores ainda! Uma puta pegada rock n´roll, com músicas que entram no subconsciente automaticamente. O vocalista Alex Kapranos, com sua linda e melódica voz, tem um carisma enorme e não tem medo de entoar canções como Michael (será que essa foi feita em homenagem a Michael Jackson? Não duvido...) de  temática andrógina remetendo aos bons tempos do The Cure, na verdade a banda tem canções para todos os gostos, como: Dark of the Matinee (meio anos 80) ou Jacqueline que começa como uma balada e de repente explode em um hard rock fantástico ou Walk Way uma das mais famosas, com uma letra lindissima ou a já citada Ullysses, uma música que diz foda - se para todas as chatices do mundo atual, adoro essa. Pena que nessa apresentação eles não tocaram 40 do primeiro álbum, uma das minhas preferidas, mas gosto de todas mesmo, não tem uma ruim! Dificil dizer isso de alguma banda nos dias  de  hoje. Outra lamentação é não poder ter ido a uma das duas apresentações que fizeram aqui no RJ, na Fundição Progresso, já consideradas antológicas por muita gente e eles gostaram de tocar aqui, tanto que voltaram na segunda vez por livre e espontânea vontade. Tomara que bata saudades da carioca que Alex Kapranos teve um breve romance na sua passagem por aqui e essa excelente Banda volte a dar as caras  e eu possa assistir ao Show in loco. Por enquanto, vou ficando com esse belíssimo e pulsante registro da apresentação que fizeram na 02 Arena em Londres. Nota 10.


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Felix Bush ( Robert Duvall ) é um senhor que mora a 40 anos praticamente isolado da sociedade, um ermitão na verdade, que é visto pela cidad...

58 - Segredos de um Funeral (Get Low/Aaron Schneider/2009)

Felix Bush (Robert Duvall) é um senhor que mora a 40 anos praticamente isolado da sociedade, um ermitão na verdade, que é visto pela cidade como uma lenda local, devido a várias histórias ruins que existem sobre a sua pessoa. Pressentindo que está chegando perto do fim da sua vida, resolve organizar seu próprio funeral, na verdade ele quer um evento diferente, uma Festa Fúnebre, e para tal contrata os serviços da funerária local, representadas por Frank Quinn (Bill Murray) e Buddy (Lucas Black). A funerária passa por dificuldades financeiras e na hora aceita o pedido inusitado. Durante a organização da festa, Felix em uma entrevista a uma rádio para promover o evento, convida a todos que tenham uma história sobre ele, divulga que irá rifar suas terras e promete contar o segredo que o levou a viver dessa maneira. Bom, talvez Segredos de um Funeral esteja para Robert Duvall assim como Gran Torino está para Clint Eastwood em termos de atuação. O veterano ator arrebenta (assim como Clint no seu filme) como um ermitão rabugento cheio de terríveis segredos, uma atuação para ser lembrada, apoiada por um excelente elenco, com destaque para Sissy Spacek que aparece em breves momentos, mostrando boa química com Duvall, algumas cenas ela representa só com o olhar. Toda vez que vejo Sissy, lembro de Terra de Ninguém de Terrence Malick e de como essa Senhora era linda, realmente o tempo é cruel e como em certo momento do filme Felix cita que mesmo você ficando inerte, o tempo passa...e não tem como fugir dele. Diálogos muito bem colocados, fotografia muito elegante, de dar gosto para quem possa assistir em alta definição, grandes atuações; o filme só peca um pouco no meio, quando fica lento mais do que deveria, mas nada que abale o resultado final dessa bela história de redenção e de como situações mal resolvidas podem amargurar uma vida inteira. Nota 08.

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Clássico blaxpoitaition, filmes produzidos na década de 70 protagonizados por negros e de forte apelo sexual e violência;  e um dos filmes p...

57 - Coffy (Coffy/Jack Hill/1973)

Clássico blaxpoitaition, filmes produzidos na década de 70 protagonizados por negros e de forte apelo sexual e violência;  e um dos filmes preferidos de Quentin Tarantino, gostou tanto que até usou a atriz principal (Pam Grier) no seu filme homenagem blax Jackie Brown. Coffy é uma enfermeira que parte em uma vendeta contra os traficantes que deixaram sua irmã mais jovem em estado vegetativo pelo uso excessivo de drogas pesadas. A maneira que encontra para se aproximar dos criminosos é fazendo se passar por uma prostituta jamaicana, e usando seu belo corpo para atrai -los para a sua armadilha, como uma aranha viúva negra.O filme tem bons diálogos, apresentando elementos de contra - cultura, cenários undergrounds,  figurinos que reforçam a marca dos anos 70, trilha sonora black music excelente, cenas bem marcantes e inesquecíveis: como a briga das prostitutas durante uma festa em que a Coffy senta a mão na maioria delas ou a sequência final na casa do aspirante a deputado, digna de um Tarantino, aqui no caso, de um Jack Hill. Agora, convenhamos, o principal do filme com certeza é Pam Grier, que brilha como uma Rainha Negra Zulu, com seu black power e suas curvas que não deixam nada a dever as Black Booty Girls de hoje em dia, só a visão dela de lingerie, ou sem, já valeria o filme. Coffy, apesar de algumas soluções rasas, têm Pam Grier em estado de graça, com um roteiro bem costuradinho e um Diretor acostumado a filmes dessa natureza, resultado: uma obra antológica de qualidade acima da média. Nota 08.








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Behmen ( Nicolas Cage ) e Felson ( Ron Pearlman ) são dois cruzados desertores que ao voltarem para casa são escalados pelo soberano local...

56 - Caça as Bruxas (Season of the Witch/Dominic Sena/2010)

Behmen (Nicolas Cage) e Felson (Ron Pearlman) são dois cruzados desertores que ao voltarem para casa são escalados pelo soberano local para levarem uma menina, que acreditam ser um bruxa e responsável pela peste negra, a um longínquo monastério aonde sera julgada por monges. Acho que nem preciso falar o quanto é fraquinho esse Caça as Bruxas, material requentado com roteiro que deve ter umas 20 linhas e uso sem critério de CG. Nicolas Cage e Ron Pearlman mais canastras do que nunca, fazendo piadinhas na maioria das cenas, parecendo não levar o filme a sério em nenhum momento. O Diretor Dominic Sena, de 60 segundos e A Senha: Swordfish, consegue criar um clima de filme de terror, mas nenhuma cena chega a assustar. As cenas de batalha do começo, de maneira editada e a palheta de cores, lembram 300. A Bruxa (Claire Foy), não convence também, talvez por isso tenham feito aquela cena final em que descartam ela e apelam para um monstro feito de CG. Um puta desperdício de tempo e dinheiro, mas é o que Hollywood tem se acostumado a fazer em termos de diversão. Nota 03.

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Devo confessar que conheço quase nada da filmografia do Diretor Italiano Mario Bava , famoso por filmes de terror góticos e que essa adaptaç...

55 - Perigo : Diabolik ! (Gevaar : Diabolik ! /Mario Bava/1968)

Devo confessar que conheço quase nada da filmografia do Diretor Italiano Mario Bava, famoso por filmes de terror góticos e que essa adaptação de um personagem de quadrinhos foge um pouco do que estava acostumado a fazer, mas na minha ignorância com esse cultuado cineasta, pude constatar que Perigo: Diabolik! é uma delicia de ser assistido mesmo com algumas imperfeições e a trilha sonora do Mestre Ennio Morricone já valeria o filme. Diabolik (John Phillip Law) é o maior ladrão do planeta e quanto maior e mais perigoso for o desafio, melhor; já que ele comete crimes por puro prazer e para satisfazer os desejos de sua belíssima e  fútil namorada (Marisa Mell). Eles vivem em um esconderijo secreto todo tecnológico, dormem numa mega cama cheia de dinheiro, dirigem belos carros e costumam derreter ouro por diversão. Enquanto isso, o governo faz de tudo para prende - lo, até pagar uma recompensa de 1 milhão de dólares para quem o fizer. O filme tem uma cena marcante atrás da outra, Diabolik sempre arrumando maneiras mirabolantes de fuga, algumas até cartunescas, como uma que parece saída de um episódio do Papa - Léguas, quando ele coloca uma espécie de espelho na estrada para enganar os perseguidores. Perigo: Diabolik ! também é um filme bem estiloso, com os personagens sempre bem vestidos, algumas cenas parecem até editais de moda, a fantasia do Diabolik é um charme a parte, tanta elegância que em uma sequência do roubo de um colar, a vitíma deixa explícito que seria um prazer ser roubada por ele. Na verdade, numa inversão de valores, Diabolik acaba sendo o herói do filme e a polícia e o governo os vilões, já que acabamos torcendo por ele o tempo todo. O filme tem closes bem sexys da linda namorada do Diabolik, sempre em trajes mínimos e das meninas dos gangsteres, aliás, um dos pontos fracos do filme para mim são os mafiosos, bem inexpressivos, forçando na comicidade em certo ponto, mas como eles são bem secundários na história, acabam não influenciando no resultado final desse ótimo filme. Nota 08.


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Documentário sobre a cena rap/hip-hop no Rio de Janeiro, se é que existe, baseada no bairro da Lapa no centro da cidade. O doc segue a vida ...

54 - L.A.P.A (Idem/Cavi Borge e Emílio Domingos/2008)

Documentário sobre a cena rap/hip-hop no Rio de Janeiro, se é que existe, baseada no bairro da Lapa no centro da cidade. O doc segue a vida de aspirantes a rappers, os principais deles: Funkero, Chapadão e Aori, todos frequentadores assíduos do bairro e das festas que rolam por lá. Durante a exibição, algumas cenas deles vão concatenando com depoimentos de rappers que ficaram famosos como Marcelo D2, B - Negão e Black Alien. Devo dizer que fiquei um tanto decepcionado ao final do filme, talvez por os personagens retratados serem tão inexpressivos, talvez o que mereça algum destaque seja o Funkero, o mais despachado deles ou por mostrar como esse tipo de música regrediu no Brasil, não em qualidade técnica, mas em criatividade, não passando de mero arremedo de rimas. Talvez por isso, Marcelo D2 tenha abandonado esse estilo, vendo que não tem muito mais o que tirar. Um dos depoimentos mais marcantes foi o do rapper Black Alien, se mostrando totalmente alienado a indústria, o cara faz música, mas não quer vender ! Vai saber o porque. Já fui um grande fã desses caras (Marcelo D2, B - Negão, Black Alien) na epóca do Planet Hemp, mas nesse doc é visivel que provavelmente hoje em dia eles nem se falem e talvez pelo o que se vê no filme, eles tenham sido o último fiapo de qualidade vindo desse tipo de música. Hoje é tudo "Tá Ligado!", expressão tão irritante quanto esse filme sem propósito. Nota 03.

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Documentário sobre os bastidores do programa de auditório do Chacrinha, exibido em várias emissoras durante anos. Alô, Alô, Terezinha ! é u...

53 - Alô, Alô, Terezinha ! (Idem/Nelson Hoineff/2008)

Documentário sobre os bastidores do programa de auditório do Chacrinha, exibido em várias emissoras durante anos. Alô, Alô, Terezinha ! é um doc legal, com as histórias bem amarradinhas, contando desde os famosos que frenquentavam o programa, das sensuais chacretes, até os ilustres desconhecidos que foram calouros do Velho Guerreiro. Achei que um dos pontos fortes, foi ter focado boa parte do filme na vida das chacretes, que moraram no imaginário de muita gente naquela epóca, muitas delas vivendo de forma bem simples hoje em dia e como o tempo fez muito mal a uma boa parte delas. Muitas se envolveram com drogas e bebidas, algumas viraram evangélicas e outras donas de casa mesmo, mas sem nunca terem perdido o estigma de chacrete. O próprio Chacrinha é retratado de maneira discreta, talvez por ser um personagem meio enigmático, mas achei interessante o suposto romance que teria tido com a cantora Clara Nunes. Alguns casos são bem engraçados, como o calouro que foi buzinado tantas vezes que tomou raiva do programa, acha que canta melhor que o Roberto Carlos e se não tivesse levado o troféu Abacaxi tantas vezes, hoje seria um cantor de sucesso ou os calouros gagos que não gaguejam quando cantam, também são outro bom momento. Alô, Alô, Terezinha ! é um retrato de um tempo mais ingênuo e menos profissional da televisão, e sem nenhuma preocupação com o politicamente correto de hoje em dia, por isso adorei. Nota 07.

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Motivado pelo post do blog "Diário de um Cinéfilo", resolvi assistir Boca de Ouro e o filme realmente pode ser caracterizado como...

52 - Boca de Ouro (Idem/Nelson Pereira dos Santos/1962)

Motivado pelo post do blog "Diário de um Cinéfilo", resolvi assistir Boca de Ouro e o filme realmente pode ser caracterizado como uma obra - prima, pena que hoje em dia não tenha a projeção merecida, talvez pelas inúmeras versões posteriores tanto no teatro quanto no cinema do brilhante texto de Nelson Rodrigues que defazaram esse filme e também pela dificuldade de conseguir uma cópia de boa qualidade visual e sonora. Devo confessar que comecei a assistir o filme meio cético em relação a qualidade, pois não acreditava que Jece Valadão poderia entregar uma grande atuação como Boca de Ouro, o bicheiro de Madureira que comanda o crime no Rio de Janeiro e que sonha ser enterrado em um caixão de ouro, mas só a cena inicial dele no dentista pedindo para que arranque todos os seus dentes e substitua por dentes de ouro já me ganhou e relaxei e aproveitei essa realização do lendário Diretor Nelson Pereira dos Santos de Vidas Secas, então sogro de Jece Valadão que o convidou para fazer essa primeira adaptação de um texto de Nelson Rodrigues para o cinema. A trama são três versões do mesmo fato envolvendo um casal (Daniel Filho e Maria Lucia Monteiro) que se meteu com o Boca de Ouro e contadas por Guigui (Odete Lara, no auge da beleza), uma das ex - mulheres do Boca, a jornalistas, no dia da morte do bicheiro, que em diferentes momentos, levada pela emoção, emula as histórias com detalhes que levam a finais diferentes e surpreendentes, coisas que só textos de Nelson Rodrigues poderiam criar. Jece Valadão está perfeito, um digno gângster de filme noir, aliás o filme tem um certo visual noir e também me remeteu a Hitchcock em algumas cenas. Os diálogos são precisos, como um tiroteio, um fogo cruzado mesmo. A cena em que Boca fala para uma dondoca admiradora "Beija teu assassino" já se tornou uma das mais célebres do cinema para mim. Engraçado como muitos filmes brasileiros atuais parecem caretas e antiquados perto de Boca de Ouro, um filme ousado, com grandes atuações e super divertido. Nota 10.

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Segunda vez que assisto A Origem e gostei mais dessa vez, talvez por ter podido prestar a atenção em outras nuances e concatenar cenas que ...

51 - A Origem (Inception/Christopher Nolan/2010)

Segunda vez que assisto A Origem e gostei mais dessa vez, talvez por ter podido prestar a atenção em outras nuances e concatenar cenas que ficaram soltas na minha memória desse excelente filme. Engraçado como a crítica elogiou e muitos cinéfilos não, sinceramente não entendo. O filme é uma delícia de assistir e apesar de duas horas e meia de exibição, em nenhuma das duas vezes que assisti fiquei entediado. O Diretor Christopher Nolan da obra - prima Batman, Cavaleiro das Trevas nos introduz o mundo dos sonhos e nos deixa perplexos com o que pode ser feito. A Origem é um filme com muita informação, nem sempre se consegue acompanhar o ritmo da história, talvez por isso muitos espectadores não tenham gostado, mas o macete é relaxar e aproveitar o deleite visual das cenas, principalmente a que se desenrola com a queda da van da ponte, genial !! Como o saudoso e polêmico cineasta Glauber Rocha diria, Cinema é áudio e visual !! e em A Origem isso não falta nem um pouco. A história do extrator de sonhos Cobb (Leonardo DiCaprio) e sua equipe na missão de inserir a idéia de desfazer seu império  na mente de um herdeiro milionário (Cillian Murphy), também é muito bem costurada, sem deixar uma ponta solta e com um elenco desses ficaria até difícil não sair um filme bom, são tantas boas atuações que fiquei até com preguiça de colocar o nome de todos os atores, alguns aparecem poucos momentos, mas tem atuação marcante. Para ser visto por quem gosta de ação, ficção, de efeitos especiais ou de uma boa história, de preferência várias vezes. Nota 10.  

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Bom, um amigo viciado em cinema como eu havia me indicado esse filme a algum tempo, mas por ser protagonizado por Kristen Stewart , a Bella ...

50 - O Silêncio de Melinda (Speak/Jessica Sharzer/2004)

Bom, um amigo viciado em cinema como eu havia me indicado esse filme a algum tempo, mas por ser protagonizado por Kristen Stewart, a Bella Swan de Crepúsculo (a franquia mais tosca da história); fiquei duvidoso em relação a qualidade do longa, já que esse meu amigo tem um gosto meio duvidoso, tendo me indicado também A Metade Negra (postado no blog em Janeiro) que detestei. Nada como ter uma Bella surpresa, com perdão do trocadilho hehehe..., mas O Silêncio de Melinda é um excelente filme, bem acima das produções americanas com temas adolescentes. A história da menina que é descriminada, mal tratada e execrada pelos seus colegas de escola por ter chamado a polícia durante uma dessas festas de jovens americanos, sempre retrada em muitos filmes, é contada de maneira sensível e com grande atuação de Kristen Stewart no papel de Melinda. Além de sofrer o pão que o Diabo amassou na escola, Melinda ainda guarda um terrível segredo, que a levou a ligar para a polícia na tal festa. Certamente, esse foi o filme que credenciou Kristen para o papel de Bella naquela tosqueira dos Vampiros Purpurinados, mas parece que a menina tem tentado se desvencilhar desse papel, tanto que faz uma roqueira bebum e drogada no bom The Runaways, tomara que consiga e não fique estigmatizada como a menina dos vampiros. Em O Silêncio de Melinda, ela já demonstra afinidade com personagens depressivos, mas de uma maneira diferente, como se a alegria tivesse sido arrancada dela na festa e não tivesse mais como voltar. Nessa jornada de sofrimento, ela fica amiga de David Petrakis (Michael Angarano surpreendentemente bem, nem parece o ator de  O Reino Proibido de 2008, outra porcaria) e o professor de Artes (Steve Zahn, mandado bem também) que a ajudam a voltar a viver, além de conviver com seus Pais que parecem não a entender muito bem (situação corriqueira na adolescência, hein?). Tudo bem que o filme usa de alguns clichês, como ela se dedicar as artes  para exorcizar seus demônios (já visto em muitos filmes do tipo), mas clichês quando bem usados engrandecem a obra. Um filme que merece ser visto, indicarei para muitas pessoas, valeu pela dica Renato, dessa vez  você acertou. Nota 08.

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Primeiro filme da Night Cronicles , produtora fundada pelo cineasta M. Night Shyamalan , que co - assina o roteiro junto com Brian Nelson , ...

49 - Demônio (Devil/John Erick Dowdle/2010)

Primeiro filme da Night Cronicles, produtora fundada pelo cineasta M. Night Shyamalan, que co - assina o roteiro junto com Brian Nelson, do ótimo Meninamá.com. A trama é bem simples, 5 pessoas ficam presas em um elevador de um arranha - céu e uma delas é o Demo em pessoa que veio fazer elas pagarem por seus pecados na Terra antes de irem para o Inferno. O filme tem bons momentos de tensão e cenas bem orquestradas dentro do elevador, às vezes em um tom bem claustrofóbico, com a camêra colada no rosto dos atores;  mas achei que peca na falta de um perfil psicológico bem traçado dos personagens. Achei também a duração muito curta (75 minutos), até um pouco depois do meio, o Diretor John Erick Dowdle (do fraco Quarentena) segura bem o suspense e os segredos da história, mas nos minutos finais despeja tudo de uma vez só, como se quisesse acabar logo com o filme. Ainda não foi dessa vez que Shyamalan voltou a velha forma, talvez devesse ter dirigido o filme também. Nota 05.

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Remake do homónimo de 1972 com o lendário ator Charles Bronson , para muitos, um dos seu melhores papéis. Não assisti o original, mas nessa ...

48 - Assassinato a Preço Fixo (The Mechanic/Simon West/2011)

Remake do homónimo de 1972 com o lendário ator Charles Bronson, para muitos, um dos seu melhores papéis. Não assisti o original, mas nessa nova versão, Jason Statham repete o papel de Bishop, um assassino de encomenda conhecido como o mecânico, que nas suas missões sempre tenta fazer o assassinato que comete parecer um acidente ou morte natural. Um dia, ele é escalado para dar cabo em seu mentor (Donald Sutherland) e depois do trabalho, com a consciência pesada, começa a ser assediado pelo filho do seu ex - mentor (Ben Foster) que não sabe que ele é o assassino de seu pai, mas exige que Bishop lhe ensine o ofício. Quando a "empresa" em que trabalha resolve apagar Bishop, começa um interessante jogo de  gato e rato. Assim como em Os Indomáveis de 2007, Ben Foster rouba quase todas as cenas que aparece, deveriam dar mais papéis importantes para esse rapaz. Jason Statham também esta bem no papel de assassino impiedoso, se firmando cada vez mais como o principal astro de ação da atualidade. O filme tem muitas e boas cenas de ação, quase initerrupta, mas com suspense, não de uma maneira entediante; boas cenas de luta e os assassinatos/trabalhos cometidos de maneiras mirabolantes por Bishop são uma atração a parte. A trama também tem algumas reviravoltas perto do final. Mesmo sem ter assistido o original, acho que essa versão não deve deixar nada a dever. Nota 07.

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Impressionante esse documentário sobre como o artista plástico brasileiro Vik Muniz , um dos mais famosos do mundo, transforma a vida de cat...

47 - Lixo Extraordinário (Wasteland/Lucy Walker, João Jardim, Karen Harley/2010)

Impressionante esse documentário sobre como o artista plástico brasileiro Vik Muniz, um dos mais famosos do mundo, transforma a vida de catadores de lixo do Jardim Gramacho em Duque de Caxias e com ajuda deles reproduz quadros famosos com o material reciclável. A jornada de 2 anos de Vik em Gramacho, ora entrevistando as pesssoas, ora retratando o trabalho e como ele vai influenciando positivamente a maneira de pensar e agir dessas pessoas que acabam vivendo a margem da sociedade, excluídas por terem que tirar seu sustento de um lugar tão inóspito, é uma lição de humanidade. O filme tem muitos momentos e personagens marcantes, como a menina que mora num barraco dentro do lixão e convive com ratos ou a senhora que cozinha para os catadores no meio do lixo ou o líder da associação dos catadores, um homem inteligente que foi parar ali por falta de oportunidades. Uma das cenas mais emocionantes é a do leilão de uma das obras em Londres, levando o líder da associação, retratado na obra, as lágrimas e o espectador também. Outro momento edificante, é quando Vik reconhece que a intenção dele era de mudar a vida dos catadores, mas na verdade os catadores que mudaram a vida dele. Um filme obrigatório, que deveria ser exibido em escolas, universidades, em praça pública; porque como o próprio Vik diz em certo momento do filme, os brasileiros tem mania de achar que são melhores que os outros...e não são. Nota 10.  

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O francês Michel Gondry realizou Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Rebobine, Por Favor , filmes de que gosto muito, principalmen...

46 - O Besouro Verde (The Green Hornet/Michel Gondry/2011)

O francês Michel Gondry realizou Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Rebobine, Por Favor, filmes de que gosto muito, principalmente este último, que entraria fácil na minha lista de melhores do século 21; mas essa estréia em um Blockbuster contando as peripécias do nada convencional herói Besouro Verde e seu fiel escudeiro e motorista Kato é um tanto decepcionante. Não assisti nada da série que deu origem a esse filme, mas pelo o que li, o clima dessa versão em nada se assemelha ao original, mais soturno, enquanto esse está mais para uma comédia de aventura B. Nada contra esse tipo de filme, mas O Besouro Verde se mostra como um blockbuster bem preguiçoso, preocupado com os efeitos especiais e as cenas de ação, que não mostram nada de novo. Atores como Christoph Waltz (o vilão) e Cameron Diaz (secretária de Britt Reid, alter ego do Besouro) estão totalmente deslocados e tem atuações até risiveis. De bom no filme, tem a Beleza Negra, o carro do Besouro Verde construido por Kato, cheio de apetrechos e a boa química entre a dupla de atores, parecendo se divertir na maioria das cenas. Definitivamente,  Michel Gondry escolheu o projeto errado para tentar se tornar um Diretor mais popular. Nota 04.

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Não assisti Santuário em 3D, mas sinceramente, não sei se com essa celebrada tecnologia que é vista como a salvação do cinema, o filme fica...

45 - Santuário (Sanctum/Alister Grierson/2011)

Não assisti Santuário em 3D, mas sinceramente, não sei se com essa celebrada tecnologia que é vista como a salvação do cinema, o filme ficará muito melhor. Até porque bons filmes não são feitos apenas de efeitos especiais e visuais, e sim de tramas envolventes e boas atuações, coisa que falta a essa investida de James Cameron na Produção Executiva. Logo no início, quando aparece aquela já célebre frase "Inspirado em fato reais", eu fiquei desconfiado, porque esse expediente tá ficando manjado, servindo para justificar filmes ruins. Porém, no seu prólogo, o filme até que promete, mostrando uma expedição decidida a explorar um caverna gigantesca e nunca explorada. Os personagens principais são Frank McGuire (Richard Roxburgh) um experiente explorador e alpinista, Josh McGuire (Rhys Wakefield) seu filho com quem tem uma difícil relação, Carl Hurley (Ioan Gruffud) o milionário que banca a expedição e sua namorada Victoria (Alice Parkinson). Uma tempestade inunda a caverna, eles ficam presos e iniciam uma jornada por dentro dos complexos de cavernas alagadas para acharem uma outra saída. Relendo essa introdução, parece que veremos um filme cheio de emoção e momentos marcantes, mas que na verdade não engrena em nenhum momento. As subtramas, tão comum em filmes desse tipo, são um fiapo de história, nos afastando dos personagens, até porque eles começam logo a serem limados do filme. As cenas de impacto visual achei escuras demais, ficando até perdido e sem entender o que os personagens estavam fazendo. Já perto do final, acontece uma reviravolta meio esdrúxula, talvez na tentativa de dar alguma emoção e salvar o filme, mas que chega a envergonhar o espectador. Um puta desperdício de dinheiro. Nota 03.  
 

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"Warriors ! Venham aqui brincar!" Uma frase que marcou minha infância. Warriors ou Os Selvagens da Noite , como era exibido pela...

44 - Warriors, Os Selvagens da Noite (Warriors/Walter Hill/1979)

"Warriors ! Venham aqui brincar!" Uma frase que marcou minha infância. Warriors ou Os Selvagens da Noite, como era exibido pela Globo, foi um dos primeiros filmes que me apresentou elementos de contra-cultura, submundo e violência, é claro. Temas que estão presentes em quase todos os meus filmes prediletos. Apesar de Warriors conter um pouco dessas situações, não esta na minha lista de preferidos, mas guardo bastante carinho e nostalgia por ele, assitido inumeras vezes ao longo dos anos. Apesar de uma certa preocupação política, é totalmente despretensioso, um filme de fuga na verdade, já que conta a rota de colisão dos Warriors, uma gangue de Coney Island acusada injustamente de assassinar uma espécie de Messias das Gangues, com outras gangues que fazem de tudo para captura-los no metrô ao tentar voltar para casa. Na verdade, o filme não tem muita trama, as gangues são estereotipadas e  algumas cenas de luta são bem engraçadas,  apesar de agora achar interessante o Diretor Walter Hill ter usado a câmera lenta, tão usada hoje em dia, em algumas cenas de ação. Nenhum dos atores alcançou o estrelato, apesar de alguns terem boas atuações, como o líder dos Warriors (Michael Beck) e a namorada dele (Deborah Von Valkenburg), já o líder dos Riffs a gangue chefe, é uma figuraça, lembrando Michael Jackson no final da década de 70. A narração em off, por uma boca, ajuda a nos aproximar dos personagens. A trilha sonora depõe a favor do filme, compondo muito bem as cenas de perseguições e confrontos. Os figurinos das gangues são uma atração a parte, alguns bem excêntricos, o dos Warriors, por exemplo, remetem aos hippies, mas uma das gangues usavam roupas de beisebol, outras andavam de patins e usavam visual de operários, outras pareciam palhaços de circo, os Riffs lembravam samurais, um show visual, que dizem que foi por ordem dos produtores, já que Walter Hill teria estudado o comportamento das gangues de Nova Iorque por mais de 1 ano e tinha inteção de ser mais realista, ouvi falar que Tony Scott tem a intenção de filmar essa primeira visão de Walter Hill, mas de qualquer maneira esse Warriors é um Cult a muito tempo. Uma cena que me marcou, é quando eles jão estão quase chegando em Coney Island e dois casais de classe média entram no metrô, voltando de uma noitada. A cena, não tem uma fala e os atores quase não se movem, mas conseguem trasmitir na troca de olhares repudiosos, as diferenças nas vidas das pessoas que moram nas metrópoles. Warriors, Os Selvagens da Noite é um filme datado e engraçado, às vezes, mas muito divertido e com um charme especial. Nota 07.

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Li algumas críticas bastante elogiosas a Ervas Daninhas , mas sinceramente, talvez não tenha entendido a proposta do filme e achei apenas mé...

43 - Ervas Daninhas (Les Herbes Folles/Alain Resnais/2009)

Li algumas críticas bastante elogiosas a Ervas Daninhas, mas sinceramente, talvez não tenha entendido a proposta do filme e achei apenas médio essa realização do francês Alain Resnais, o mesmo de Medos Privados em Lugares Públicos, que achei bom. Visualmente bastante bonita a fotografia, saltando aos olhos em algumas cenas e a trilha sonora agrada também, bem suave; mas a história não me cativou. Georges Palet (André Dussollier) é um senhor de meia - idade casado que encontra uma carteira em um estacionamento, ao examinar a carteira, fica encantado pela foto da dona. O encantamento vai virando um espécie de obssessão de Georges em devolver e encontrar a Senhora da foto (Sabine Azéma) que posteriormente também desenvolve uma obssessão por Georges. Achei os personagens bem psicóticos, certamente o título, até mesmo pelo poster, se refere a dupla de protagonistas e que as cenas de imaginação não funcionam muito bem. Em alguns momentos achei o filme lento demais e quase cochilei. Para melhor apreciação, talvez, tenha que assistir novamente, mas por enquanto a impressão que ficou foi de um filme tedioso ás vezes e pretensioso em outras vezes. Nota 05.


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A principal sensação ao assistir Medo e Delírio é de ter tomado um LSD, o filme é uma grande viagem do Diretor Terry Gilliam narrando a h...

42 - Medo e Delírio (Fear and Loathing in Las Vegas/Terry Gilliam/1998)

A principal sensação ao assistir Medo e Delírio é de ter tomado um LSD, o filme é uma grande viagem do Diretor Terry Gilliam narrando a história de um jornalista (Johnny Depp) e seu advogado (Benicio Del Toro) fazendo a cobertura de um evento sobre motociclismo e outro sobre drogas em Las Vegas. A câmera filmando em posições diversas dá o tom do filme, que prima pelo nosense, nos levando a rir em muitas cenas das loucuras cometidas pela dupla de protagonistas. Em alguns momentos, o uso abusivo das drogas tem um tom didático; talvez a intenção do Diretor fosse essa mesma, fazer uma crítica velada ao comsumismo exarcebado dessas substancias naquela epóca, já que o filme se passa nos anos 70 e mostrando como esses anos influenciaram o mundo nas décadas seguintes. Porém, como Terry Gilliam é um Diretor que não explica seus filmes, talvez uma outra suposição seria mostrar que o mundo está tão chato que só se drogando muito para conseguir viver. Medo e Delírio, apesar de ser um filme dos anos 90, achei que se mantém bem atual, e com certeza influenciou muitos cineastas com sua estética e narrativa. Johnny Depp e Benicio Del Toro são um show a parte, com várias cenas antológicas. Curiosamente, vários atores e atrizes famosos fazem pontas nesse filme, como Tobey Maguire, Cameron Diaz, Ellen Barkin e Christina Ricci, um atrativo a parte. Um Terry Gilliam na medida para os amantes da sétima arte. Nota 08.



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Com o lançamento do Blu - Ray, resolvi assistir novamente um dos melhores filmes do ano. Comentar que A Rede Social é um filme que represen...

41 - A Rede Social (The Social Network/David Fincher/2010)

Com o lançamento do Blu - Ray, resolvi assistir novamente um dos melhores filmes do ano. Comentar que A Rede Social é um filme que representa uma geração ou que demonstra a falta de tato social das pessoas atualmente, com certeza, é cair no lugar comum, pois o filme já foi visto por milhões de pessoas e essa afirmação é mais do que atestada. O que vale reafirmar é que A Rede Social é um puta filme, com excelente narrativa, grandes atuações e trilha sonora impecável. A atuação de Jesse Eisenberg como Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, é tão icônica que a comparo com a de Edward Norton em Clube da Luta. Quem manda muito bem também, é Justin Timberlake, por incrível que pareça, no  papel do criador do Napster. Um filme digno do seu realizador, pena que tenha perdido o Oscar desse ano para um filme tão careta. Nota 10.

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Quando vi que a indicação do Bruna Surfistinha é 14 anos, fiquei um tanto desmotivado para assistir; mas não é que o filme me surpreendeu p...

40 - Bruna Surfistinha (Idem/Marcus Baldini/2011)

Quando vi que a indicação do Bruna Surfistinha é 14 anos, fiquei um tanto desmotivado para assistir; mas não é que o filme me surpreendeu positivamente, não que se seja uma obra - prima, mas a história da prostituta mais famosa do Brasil até que é bem contada. A entrega de Deborah Secco para com seu personagem é impressionante para uma atriz acostumada a atuações televisivas. A sua atuação consegue dar credibilidade necessária, por incrivel que pareça, ao filme. O filme tem muitas cenas de sexo, mas faz o inverso dos filmes pôrnos (que colocam um fiapo de história entre as cenas de sexo), colocando uma trama crivél entre as cenas mais ousadas. Outro ponto positivo, é a trilha sonora alternativa que pontua bem os principais momentos. Cássio Gabus Mendes também surpreende com boa atuação, mostrando boa química com Deborah Secco. Um filme acima da média dos filmes comerciais brasileiros. Nota 07.


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As referências ao cinema do Mestre Hitchcock são claras nesse suspense francês do elogiado Diretor Dominik Moll do aclamado "Harry cheg...

39 - Lemming, Instinto Animal (Lemming/Dominik Moll/2005)

As referências ao cinema do Mestre Hitchcock são claras nesse suspense francês do elogiado Diretor Dominik Moll do aclamado "Harry chegou para ajudar". Casal perfeito (Laurent Lucas e Charlotte Gainsbourg) tem a vida radicalmente mudada depois que seu chefe (André Dussollier) vai jantar em sua casa com sua excêntrica esposa (Charlotte Rampling), durante o jantar a esposa do chefe faz uma escândalo e eles vão embora. Posteriormente, ao consertar a pia, ele encontra um Lemming, um roedor da escandinavia, no encanamento. Contar mais da trama, é estragar os momentos de surpresa do filme, já que cada cena, é oportunidade para alguma coisa acontecer. Todos os atores estão bem, mas Charlotte Rampling se destaca ao compor um personagem bem pertubado. Talvez, o grande acerto, seja o clima de apreensão constante, que vai crescendo durante o filme. O desenrolar da história é lento, mas bom de acompanhar. Nota 08.    

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