Talvez, Os Implacáveis seja a obra do diretor Sam Peckinpah em que mais ele exagere em seu estilo visual, ficando evidente no prólogo, com excesso de câmeras lentas e planos entrecortados, deixando a seqüência inicial difícil de acompanhar. De repente fosse a intenção do diretor, mas que cansa um pouco e pode desmotivar de assistir o resto do filme.
Passado os minutos iniciais, percebe – se que a trama trata da historia de Doc McCoy (Steve McQueen) e sua esposa Carol McCoy (a bela Ali MacGraw). Os dois são criminosos, experiente em assaltos. Doc esta preso, mas não suporta mais ficar longe de Carol. Então pede a esposa que interceda junto a Jack Benyon (Ben Johnson), um influente mafioso, obcecado pela moça, que prontamente arruma uma maneira de soltar Doc, mas ao mesmo tempo o incube de mais uma assalto, dessa vez a um banco que guarda um pagamento pomposo.
Claro que nada dá certo, e Doc e Carol fogem em uma louca escapada em direção ao México, com diversos criminosos nos seus encalços, com destaque para Rudy Butler (Al Lettieri), o parceiro do casal que tenta trai – los e que protagoniza as cenas mais divertidas do longa.
Não deixa de ser um filme típico de roubo que não dá certo, que eram produzidos constantemente na década de 70 e que recentemente voltaram a ser produzidos em larga escala devido ao sucesso da refilmagem Onze Homens e um Segredo. O diferencial é que foi dirigido por Sam Peckinpah, o que dá a obra um tom mais sujo e obscuro. Em muitos momentos o filme remete a westerns dirigidos pelo próprio Peckinpah, que fica até claro pela fuga ao México e pelos tiroteios que lembram duelos do velho oeste.
Os Implacáveis é uma obra que não chega a empolgar, mas que tem seus momentos. Principalmente quando Steve McQueen impõe todo seu estilo durão, que caiu muito bem na pele de Doc McCoy, protagonizando boas seqüências de perseguição. Senti falta de explorar mais o romance do casal, mas acho que esse não era o forte de Peckinpah, acostumado mais a tratar de tramas masculinas e essa obra não deixa de ser um filme anabolizado, mesmo que tente ocultar com alguns momentos pseudo - sensíveis, como a cena em que o casal se esconde em um deposito de lixo.
Essa produção ainda ganhou um remake intitulado A Fuga de 1994 com o casal Alec Baldwin e Kim Basinger, que não foi ruim, mas que se segurava muito mais na performance sensual de Basinger. Os Implacáveis não é o melhor de Peckinpah, mas não deixa de valer uma olhada, até para conferir o trabalho de McQueen, que dispensava dubles na maioria das cenas.
6 comentários:
Gosto dos filmes do Peckinpah e toda a sua violência gráfica. Gosto bastante desta fita,discordo de vc, rs!
Belo resgate. A Fuga com Basinger e Baldwin é super fraco.Lembro da atuação canastra do James Woods (ator que gosto).
Steve McQueen foi um ator excepcional, mas faz tempo que vi um último filme dele. Talvez a única irregularidade desta fita é a Ali MacGraw que não é típica para o gênero.
Abs.
Rodrigo
Rodrigo, tb gostei do filme, mas não é uma obra prima como Meu Odio sera sua herança. Acho q concorda nÊ? Ali McGraw não esta muito bem mesmo, mas é um colirio para os olhos. Obrigado pela visita. Grande abraço.
Este filme tem a clássica cena em que Steve McQueen dá um tapa na cara de Ali McGraw.
Apesar de não ser tão violento quanto outros filmes, é um típico trabalho de Peckinpah.
A refilmagem não é ruim e com certeza aproveita Kim Basinger no auge da beleza.
Abraço
Oola estou seguindo seu bloog !!
ootimo bloog! se puder seguir o meu !!
www.tudodainternetparavoce.blogspot.com
See puder voota no toop !!
Hugo, tb não acho a refilmagem ruim, e a cena do tapa é boa mesmo...
Jogosonline33, obrigado pela visita, vou dar uma conferida no seu blog.
Abs a tds
Sam Peckinpah era o cara. Sob o Domínio do medo é uma obra-prima que me chamou muito a atenção, e no meu conceito, é a obra máxima dele - de todo modo ainda tenho que ver outros, como Meu Ódio Será sua Herança, por exemplo. Baita filme tenso.
Abs! o/
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